Minha casa
Minha casa simplesinha e tão modesta
Conjugada a outras casas, sempre iguais
Encravada bem na frente dos currais
Onde a feira de gado era uma festa
A porta era fechada, mas a fresta
Permitia que eu visse cenas reais
Dos vaqueiros tangendo os animais
E alguns bois com venda por toda testa
A rua era de barro, sem asfalto
Não havia violência ou assalto
Nem água encanada ou chafariz
Tinha arroz e feijão para comer
Tinha um pote com água para beber
Tudo simples, mas eu era feliz