BORBOLETA

BORBOLETA

Com asas frágeis e multicores adereços

De misteriosas e místicas aquarelas,

Pousaste em minhas mãos um dia,

Fantasiando meus versos e fantasias.

Seus voos constantes de beleza rara,

Quais lânguidos passos de uma dançarina,

Em palco soturno de luzes brilhantes,

Encantavam e alimentavam sonhos fugidios

... Que sonhava sempre em ter contigo.

E qual esfuziante bailarina, outros palcos

Pisastes e alçastes voos mais altos,

E hoje borboleta, segues aí esvoaçante...

Cuidado entretanto com os sorrisos falsos,

Que podem derrubar-te a qualquer instante.

Urias Sérgio de Freitas