SONETO PÓSTUMO!

"O limite do poema é uma página em branco."

(Mario Quintana)

SONETO PÓSTUMO!

Nascer! Viver! Morrer! Mais dor que alegria

Vir do pó, voltar pro pó, - verso bíblico -

Faz parte do breve processo cíclico

Todos seremos metamorfose um dia.

Para onde vamos a meditar eu fico

É claro, que morrer, não, eu não queria

Quisera pra todo sempre fazer poesia

Porque nela o amor a vida eu explico.

Mesmo versando o podre mundo, me importa

Viver... Mesmo que o pó sobre mim desabe

Que eu seja vida pra natureza morta.

E aproveite todo tempo que a mim cabe...

E pós morte ir ao além e abrir a porta:

Talvez o inferno, talvez o céu, quem sabe?

12/11/2010 - DILSON/SPVA/NATAL/RN.