Poema 1

A voz que eu canto, a voz que me dá encanto,

Não é essa voz que diviso nos meus versos,

Vejo um buraco no meu peito e vasto pranto

-O meu amor termina totalmente inverso...

E a baixa quantidade de emoções vividas

Enrola-se em caracóis de mulheres negras,

Seus lábios se encantam pela poesia -Lida

-A eterna arte de fazer sonhar, meiga...

Se ela deixa escapar este verso num sopro,

O vento leva-a como um aroma da manhã,

O sol derrete-a como uma geada do inverno...

Mas, se ela vira a morte que expulso

Dos meus versos como trols, amanhã

Escreverei mais maduro e mais terno...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 11/03/2016
Código do texto: T5570151
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