Poema 1
A voz que eu canto, a voz que me dá encanto,
Não é essa voz que diviso nos meus versos,
Vejo um buraco no meu peito e vasto pranto
-O meu amor termina totalmente inverso...
E a baixa quantidade de emoções vividas
Enrola-se em caracóis de mulheres negras,
Seus lábios se encantam pela poesia -Lida
-A eterna arte de fazer sonhar, meiga...
Se ela deixa escapar este verso num sopro,
O vento leva-a como um aroma da manhã,
O sol derrete-a como uma geada do inverno...
Mas, se ela vira a morte que expulso
Dos meus versos como trols, amanhã
Escreverei mais maduro e mais terno...