O Silenço que Cala
    

É madrugada e o silenço me cala
Pensamentu, disaforadu, voa
Istô pronto, já arrumê a mala
Divagar vô pegá minha canoa
 
Riu abaxo vô buscá meo de cumê
Num tem trabaio o roçado tá sêco
Sinhô, de chibata, me fez corrê
E eu caí triste, qui nem coco pêco
 
Trabaei munto... fiz tudo prá Sinhá
Nun ganhê nada, só chibata e sá   
Ajuelhê num tronco, véio cumpanhero
 
Rezê pra num tê de morrê premero
Dô tão forte, o sangue é o mensagero
Sô home macho, saio sen chorá
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 08/03/2016
Reeditado em 18/10/2018
Código do texto: T5567482
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