Tá com medo? Desculpa. Desculpa.
Medo, coleira que enforcou minha palavra
Enquanto eu rosnava para me desvincilhar
Ela se apavorou, fugiu, achou-se culpada
Medo pueril, de a altura da interlocutora não estar
Espanto maldito que me calou, me condenou
Cadê você loucura? Cadê o ímpeto que engasgou?
Cadê você sono? Loucura fugiu, mo roubou.
Loucura, volte, esse caos foi você quem causou.
Medo burro, essa coleira que enforcou palavras
Enforca agora coração, coleira agonia
Essa que tanto aperta, como várias escalavras
Loucura se foi... na noite calada
Socou-me o peito e nem reagi
Lágrima, nó na garganta travada.