A minha vã caçada
A manada na estrada maltratada
Pelo tempo em lamento pachorrento,
Segue ao léu do cinzento céu ao vento,
Entre a espada quebrada e estilhaçada,
E o som em cada tom de trovoada,
Impõe o sofrimento do momento
Que o alimento escasseia no sustento
Da boca castigada e sufocada.
A pairar no lugar começa o ar
Suspenso no silêncio imenso e tenso,
No segredo do cedo olhar de medo;
E a continuar a andar a procurar
Penso e retiro um lenço e me convenço,
Que o medo é o meu brinquedo nunca ledo!
Ângelo Augusto