UM MISERÁVEL (replay)
Negaste em bom tom o teu amor
Fizeste dum plebeu apaixonado
Um nada, um miserável, um coitado
Abriste uma ferida que é só dor.
Que triste esse sentir de perdedor
Martelando teu (não!) envenenado
Matando sem perdão tão belo fado
Por causa de um amante traidor.
Não sabes, a ilusão pode ser dura
Faz a gente sorrir depois chorar
Pois vem sempre vestida de candura.
Ouças a voz do pobre a te clamar
Para que não esqueças tua jura
Aquela que juraste em santo altar.