Soneto duplo.

Já pensei no que penso, fico penso e adormeço

peço o tempo que sobra para fazer mais poesias

vi o veneno, era a cobra; Eva há tempos até dizia

bate Deus que eu mereço tudo questão de apreço.

Viva a vida! Desde Adão vimos os muitos tropeços

o povo perdeu endereço o que nos dirá meu soneto?

Como encontar solução? Pode o branco e ou preto

virar e ligeiro do avesso o que no papel te ofereço

E sigo em versos sadíos e mar eu rimo com o rio

não em termos arredíos o coração tristonho vazio

vendo a poesia ir liberta não se aperta, vai avança.

Qual pintor pinta sua tela poeta tem caneta e papel

a palavra se finge de bela passeando estrelas e céu

de forma simples, esperta. Arte, bicho que não cansa.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 02/03/2016
Reeditado em 02/03/2016
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