Leitor de verdade
Leitor que se presa é como um raio- x,
No ato da leitura cria a sua imagem,
Sabe perfeitamente o que o texto diz,
Ele vai bem no fundo, faz a drenagem.
Suga para si tudo que ali está escrito,
Até se coliga com a saudade exposta,
Ele ouve o sussurro e também o grito,
Ele lê, ele vive, é essa a sua proposta.
Leitor de fato vai com o poeta à lua,
Ele se muda para o cenário e na hora,
Veste a dor para si como se fosse sua.
O Leitor de fato, a entrelinha entende.
Ainda questiona por que quer muito mais,
Ele é a parte do poeta que se estende!
Uberlândia MG
Soneto infiel- sem métrica