DISTANTE AINDA
Distante da ternura, em outra plaga,
Suspenso o pranto, no olhar vencido,
Qual cristal que a frouxa luz apaga,
Como a vela, com o vento incontido.
Ainda resta ao coração que afaga
O infeliz amante combalido,
A aspiração de atenuar sua chaga
Com amor, para o tornar querido.
Enquanto a esperança apresentar,
Entre dúvida triste, dolorosa,
Cenário de proporção generosa,
O clarão voltará a cintilar
De maneira cálida e carinhosa,
Em doce relação harmoniosa!