Coisas que só eu sei

No quase silêncio, na calma das madrugadas,

Coisas cotidianas, os pensamentos martelam,

Em reflexões brandas, ligas são desamarradas,

Nesse circuito, emoções em outras se atrelam.

Apesar dessa calada, tudo berra dentro de mim,

Situações que simulo, e situações acontecidas,

Conjectura que construo, mas ainda sem um fim,

E as minúcias que não passam despercebidas.

Coisas que só eu sei; às vezes não sei direito,

Anseios que se misturam e fogem a identidade,

São analises que faço à fantasia e à realidade.

Fico assim, meio que do lado de fora a espreito,

Enquanto do lado de dentro tento me discernir,

E observo esse alvoroço é que preciso me ouvir.

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 01/03/2016
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