'Amor' de verdade
_Por onde anda você, amor? Onde se esconde?
Cadê esse sentir que vem do fundo lá do imo?
Cadê a doação sem nada em troca, está aonde?
Cadê a essência, que dos sentimentos é o cimo?
_Então, cara! Eu sei que você anda acabrunhado,
São tantos anseios toscos se passando por você,
Tanta emoção fingida, tanto coração disfarçado,
É tanta máscara bonita, simulando não sei o quê.
Sabe; os corações estão se perdendo no caminho,
As pessoas fecham as portas de si, rodam a chave,
E vivem num mundinho mentiroso, donos da nave.
Sei que precisa de uma constância, você é o ninho,
Freqüência incomoda, ‘sentimentos’ são rotativos,
Alma descartável; se há interesse, corpos atrativos.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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