Refugiado

Despido neste mundo de sonhos atrozes

Assim, aportei no seio da fiel parentela

Cresci seguro, minha infância foi bela

Na adolescência sofri provações ferozes

Encontro-me exilado e só entre algozes

O medo faz-me caminhar pela currutela

Sombria, deserta mas, nada me atrela

A indumentária são simples albornozes

O desejo de retorno ao lar me fascina

Revigora as forças de forma duradoura

Atento a tudo tento evitar minha ruína

Sou parco repasto para aves de rapina

Que me espreita de forma aguçadoura

O sentimento de fragilidade abomina.

28/02/2016

ILARIO MOREIRA
Enviado por ILARIO MOREIRA em 28/02/2016
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