Sem tempo

Não tenho nada como favorito

Que capitaneie minhas preferências

Ou quase nada

Diante de tantas incumbências de que me acerco

Não ouso alçar vôos

Apenas sonho com os ângulos

Imagino os enquadramentos

Quase só me valho dos pensamentos

E neles me refestelo

Afundo-me, envolvo-me livre

Quando me sobra tempo

Desbravo a floresta do meu descontentamento

Salivo nesses momentos

Quanto mais se tornam raros