Crime
Já não tolero estética sem ética
que pereniza o ter e olvida o ser,
cujo único intuito é nos vender
perversos arremedos de mimética.
A cultura reduz-se a propaganda
que nos impõe um mundo unipolar
onde a injustiça ergueu seu altar;
dois terços não têm pão e um terço manda.
O direito de uns poucos prevalece
acima da justiça aos deserdados,
e não há um só bastardo que confesse
que inda que avance a solidariedade,
sem que se barre abusos aos mercados
fome é crime de lesa-humanidade.
(Este soneto foi publicado pela primeira vez em www.algoadizer.com.br, edição nº 99, dezembro de 2015).
Já não tolero estética sem ética
que pereniza o ter e olvida o ser,
cujo único intuito é nos vender
perversos arremedos de mimética.
A cultura reduz-se a propaganda
que nos impõe um mundo unipolar
onde a injustiça ergueu seu altar;
dois terços não têm pão e um terço manda.
O direito de uns poucos prevalece
acima da justiça aos deserdados,
e não há um só bastardo que confesse
que inda que avance a solidariedade,
sem que se barre abusos aos mercados
fome é crime de lesa-humanidade.
(Este soneto foi publicado pela primeira vez em www.algoadizer.com.br, edição nº 99, dezembro de 2015).