AOS PALMOS DA TERRA
Se através do meu verso for possível adentrar
Aonde toda a poesia já estiver a morrer
Jamais eu saberia como me desculpar
Por , então, tão depressa, ali eu sobreviver.
Plantarei flores breves de rara beleza
Em terrenos estéreis que aprendi a adubar
A colher mil sorrisos da triste natureza!
Sol e as fases da lua eu os irei religar...
Aos palmos da Terra que sangram taciturnos
Parcos pela dor dissipada além mar...
Eu solfejarei- grito!- ao vis absurdos
Que ecoam nos ares a tudo dizimar.
Como nau de partida rumo a um palmo seguro
Sou qual "verso- timão" sem ter aonde ancorar....