Pires raso

O Dia, donde as emoções adormecem

E a aurora dos sonhos é perene como o mar.

Ao contrário dos dias, as noite de luar

Solfejam ares de Sol e à alma aquecem...

Sentidos e razões que as mágoas assolam

De um amor solene e dito.

Carícias findas, tão loucamente tidas...

Encanto de tempo tardio, amargo que gritam, calam.

Amor de certo farto

Como Lua cheia de verão em passos largos

Sobre o breu do céu ao lado.

E esse amor num crescer raro

Descubro em mim, em um sentido findo:

Que o seu amor é um pires raso.

Malibe, junho 2007