CANTANDO UMA TRAIÇÃO
Querendo produzir a flor justiça,
Árvores da verdade eu plantei,
Plantas sem os espinhos da cobiça,
Que com reais valores eu reguei.
Porém, bandidos, cheios de malícia,
Descontentes com a flora que criei,
Podaram, cometendo uma injustiça,
As flores da verdade que os levei.
Infames predadores da decência,
Munidos com a tesoura da traição,
Cortaram, sem remorsos ou clemência,
Meus bons ramos da flora da razão,
Lavrados no pomar da consciência,
Sob a luz do decoro e retidão.
Humberto M. Feitosa