NAS ÁGUAS DO NOSSO ODIANA * Ao anoitecer

Bailavam nos teus lábios os sorrisos

de um mágico dulçor de primavera…

Surpreso, tolhe-me a algidez severa

e os meus sentidos sangram indecisos…

Que noites de invernia e solidão

maturam madrigais primaveris?

Que anelos de sortílego matiz

gerar anseiam nova floração?

Que sonhos impossíveis acalentas?

Que enternecida angústia te incendeia?

Que enlouquecidos êxtases sustentas?

Que sedução antiga de sereia?

Que perdição, agora? Que tormentas?

Bendito anoitecer de lua cheia!

José-Augusto de Carvalho

Alentejo, 14 de Dezembro de 2015,

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 25/02/2016
Reeditado em 03/08/2018
Código do texto: T5554923
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.