MÁSCARAS

MÁSCARAS

As pessoas estão já na plateia

Para nos assistir a insanidade.

Inopinados, cada um de si evade

A sonhar sua vida uma epopeia.

O ser cogita entre o real e a ideia

Quanto haverá deveras de verdade.

Devassando a própria intimidade

Inflama a discussão desde a traqueia...

Mas que espetáculo esse! Mas que horrores!

Digladiamos, sim, com acusações

Refeitas face a estranhos desamores.

Triste fim! Cerra o pano sem ilusões.

Vão vaiar-nos bem como impostores

E gargalhar de nossos corações.

Betim - 12 06 2011