(Imagem do Google)
CHORO DA CHUVA
Odir Milanez
Chove o pranto dos astros escondidos
entre nuvens das cores do abandono.
Há invernos sismais dos meus sentidos,
sabendo a folhas secas ante o outono.
A noite silencia os alaridos.
Luzes mortiças chamam pelo sono.
Passantes, poucos, passam refletidos
pelo asfalto, tal qual papel-carbono.
Em meu quarto, ante o sol da luz acesa,
convido a vida a conversar comigo,
para sentar comigo à minha mesa.
Mas chove em minha rua, e só consigo
a vã visitação de mais tristeza
chorando chuva e me pedindo abrigo...
JPessoa/PB
24.02.2016
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e a versa em versos à vida...
odirmilanez.blogspot.com
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