NADA

Vivo a cantar o nada,

e o nada me fascina,

existência atribulada

da platéia da vitrina.

Idéia tão inconstante

o olhar não estabiliza

no horizonte distante

sem linha de divisa.

Nada, patético clamor

no segundo derradeiro,

um apelo quase mudo.

- Por que ficaste, amor?

O nada fende o ar, ligeiro.

Nada não é nada. É tudo.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 24/02/2016
Reeditado em 18/04/2017
Código do texto: T5553577
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