O VATE E A MUSA
Versejar o amor vital,
Usar palavras de vate,
Dizer que a musa afinal
Na nossa porta já bate.
Beldades que o bardo esquece
Lhe ressurgem do passado
E ante elas ele estremece,
Tendo o coração flechado.
Tem–se então um fato belo
Para aquele que o descobre
– Mesmo que seja singelo!
Tal pensamento convida
Assim o poeta, que é nobre
– Que lindo prêmio da vida!
Cf. MARTINS, Oswaldo Francisco. Versejando em sonetos. Salvador: EGBA, 2006. 258 p. p.177.