O SÁBIO E SEU VELHO CORAÇÃO

Na sua idade provecta

Ressalta a sabedoria,

Na saudade que detecta

Do sofredor a agonia.

O seu fim está bem perto

Quanto põe a fé ao lado

De um trabalho falho e incerto

Que evita o bem que foi dado.

Vive uma vida de mortos:

Silencioso, desgarrado

E na Moral amarrado.

Aceita até outros portos,

Em tortura e punição,

Ao seu velho coração.

Cf. MARTINS, Oswaldo Francisco. Versejando em sonetos. Salvador: EGBA, 2006. 258 p. p.168.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 23/02/2016
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