O SÁBIO E SEU VELHO CORAÇÃO
Na sua idade provecta
Ressalta a sabedoria,
Na saudade que detecta
Do sofredor a agonia.
O seu fim está bem perto
Quanto põe a fé ao lado
De um trabalho falho e incerto
Que evita o bem que foi dado.
Vive uma vida de mortos:
Silencioso, desgarrado
E na Moral amarrado.
Aceita até outros portos,
Em tortura e punição,
Ao seu velho coração.
Cf. MARTINS, Oswaldo Francisco. Versejando em sonetos. Salvador: EGBA, 2006. 258 p. p.168.