O AUTOSSEPULTAMENTO DE UM DESUMANO

É desgraçado e enxerido,

Tendo caráter medonho,

Rouba o vivo e o falecido

– Roubaria mesmo em sonho!

Desumano e irracional

Em sua ação vacilante

Cospe no prato afinal

– Pois não é gente bastante!

Forjador das aparências

E ludibriador do mundo,

Sem medir as consequências.

Por fim rende–se ao mistério

Do feral buraco fundo

Da cova no cemitério!

Cf. MARTINS, Oswaldo Francisco. Versejando em sonetos. Salvador: EGBA, 2006. 258 p. p.126.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 22/02/2016
Reeditado em 07/07/2017
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