A mente do poeta
A mente do poeta mente em verdade aberta,
Constrói sem ter meta, arquiteta, é demente,
Habita nela sempre a seta quente em alerta,
Circunspecta num automático e vai em frente.
A mente do poeta sente; é inocente criança,
Entorna além, e nada ela veta, colore escritas,
Equivalente ao baú de realidade e lembrança,
De sentires, de olhares, coisas lindas negritas.
A mente do poeta é lente, é cerne lá na altura
É a alma com nariz de palhaço e o faz pateta,
Nem tente, é saber só dele, e só ele o projeta.
A mente do poeta é quente e borbulha loucura,
É gente, é vento, coração, abstrato, e inquieta,
É mundo, céu, orco... É vida a mente do poeta.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/