IGNORÂNCIAS

IGNORÂNCIAS

Não conheças amor senão ideal,

Como agora essa flor em teus cabelos.

Tampouco saibam teus olhos quão belos

São a mim, para o bem e para o mal...

Ignore a mão o próprio o toque, tal

E qual se desconheça d’entre os elos

A força com que mundos paralelos

Agem e reagem sob lei natural.

Não sei... Acaso as águas morro abaixo

Não levam a imundície da cidade

E, servidas, vão poluir o seu riacho?

Sim, claro! Todavia, o que é verdade?

Cogito se saberás que eu, cabisbaixo,

Busco d’amor alguma irrealidade...

Contagem - 15 12 2011