FADIGA
Entrego a minha mão à palmatória
Sem fugir do medo, sem fugir do castigo,
Dos tempos da vida e de toda história
Que foi lançada no livro... não antigo!
Estou diante do Juiz que é a minha glória.
Abaixo a cabeça diante de um Deus amigo
Que me ajudou sem eu precisar na vitória
Tirando-me das garras do sagaz inimigo.
Eu sou uma pobre sem sorriso e sem graça
Conto histórias de um tempo que é passado
Jogando no papel o que a mão firme traça.
Devagar eu vou trilhando meu real caminho
Procurando um bom violeiro para ir tocando
Músicas antigas aos meus ouvidos, bem baixinho.
DIONÉA FRAGOSO