UM SER ILUSÓRIO /

UM SER ILUSÓRIO

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=21/fev./2016)

Eu desenhei teu ser em minha mente,

Fiz que tu fosses meu foco de lembrança,

Em mim alimentei a esperança

De num futuro tê-la para mim somente.

Pecaminosamente me portei

Por todo esse tempo, vida a fora,

A trasladar em mim, até agora,

Os mentirosos sonhos que sonhei.

Sim, mentirosos, porque não existes,

É uma criação dos meus devaneios

Dos quais tento fugir, porém insistes.

Como me dispersar do fictício?

Banir da minha vida tais anseios

Preciso, mesmo que com sacrifício.

(3o. pág. 42)