Asas da imaginação
Esta vida que corre às vezes bem
E às vezes mal, se ela já soubesse
O quanto me faz bem e então me desse
O prazer de sentir o amor de alguém,
Que há muito tempo o peito meu não tem,
E o meu cansado rosto conhecesse
Toda a felicidade que quisesse,
De um ledo amor no coração de quem
Eu teria a passagem da tristeza
Transformada somente em alegria,
E assim a natureza se riria
Do fim da minha vida de dureza,
A penar por amor e liberdade
Enraizados nas asas da saudade.
Ângelo Augusto