O hominis do rio

Ó terra homologada pelo húmus!

Nesse fosso da sepultura compacta

Onde o tal esqueleto faz um pacto

Com vermes hirtos. Oh Homi-nu!

Porém paço ébrio do ébrio defunto

Rejuntado in natura com a ossatura

Agora no presente, jaz sem futuro

À espera do trem ao vazio profundo

Ó distinto cavalheiro! leitor do indriso

Nunca um soneto ridículo no paraíso

Ou, poetastro com sorriso de caveira

Vai o verbo dito em unção e unguento

Ora, barco de Caronte no firmamento

Ilmº Hombre in vivo, eis o timoneiro!

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 20/02/2016
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