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Vestígios de dor
A noite caiu morna sobre a terra
Num dia transbordante de mistério
O vento impiedoso como uma serra
Rasgava minha carne, sopro estéril...
Louca, saí de mim, vi espalhar
Sem a razão humana, sem opção
Crivado de desejos, turvo olhar
Segui, desafiei a solidão...
E a dor nesse universo da minh’alma
Convidava à miragem no deserto
E o vento arrefeceu, veio o oásis...
Ficaram os vestígios no corpo aberto
E uma luz reluzente em doce calma
Diluiu meu sofrer, sumiu como gases...
Mena Azevedo