SONETO NOSTÁLGICO
Solitário passei a falar com a solidão
A lua passou a me ver amanhecer
E o brilho do sol a me ver anoitecer
Então o repesar instalou no coração
Via a noite, as estrelas e a escuridão
Na comitiva o ontem, hoje o porvir
Tentando comigo alvos para sentir
E nos cochichos nenhuma questão
As lágrimas não mais querem falar
Para que chorar, naquele momento
O vazio é quem veio em mim, poetar
E neste total silêncio do pensamento
A viga do tempo e que veio escorar
A saudade, pois o fado é seguimento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro, 19, 2016 – Cerrado goiano