Zerbo
Na teia de meus versos inseguros,
Vi uma poesia, certa vez,
Entre uns órgãos caducos e uma tez,
No avesso de umas letras e de muros.
Mas por conveniência de outros atos,
Se prendeu na parede, em letargia,
Aquela que uma vez, ou nalgum dia,
Foi, palavra em acorde nos meus fatos.
E perdeu-se no avezo de meu umbigo,
Qual sangue saturado em soro e sal.
Caiu entre a loucura e o normal,
Pelo caminho que não mais prossigo.
E meus versos sem graça e sem sossego,
Esperam, pois voltar aquele arrego.