DESDE O INCONSCIENTE

DESDE O INCONSCIENTE

Mas será? Isto d’eu ser é deveras,

Deveras impossível e está aí...

Sou! -- Eu percebo agora -- em mim eu caí

Vindo através de insólitas esferas.

Malgrado sejam já outras quimeras,

Fico ora a par se bem ou mal me saí.

Infiel ao meu egoísmo, eu cá me traí

Existindo amador entre iras e eras.

Cumprimento-me por esses reencontros

Nos quais tenho enfrentado os mesmos monstros,

Que deixei ao voltar a ter comigo.

Sem embargo, de quanto vi e vivi, sigo

-- Um tanto só e sonso, com certeza --

Somente a ver verdade na tristeza.

Betim - 15 07 2008