Dos portos da vida...

A vida é assim, uma real corda bamba,

Dança em vários ritmos, descompasso,

É torre de babel, é furdúncio, caramba!

É cizânia harmônica no mesmo espaço.

E a gente conhece gente sem conhecer,

Pessoas se entregam e quebram as caras,

Há outras que não se deixam transparecer,

Há outras pessoas se expondo jóias raras.

Há quem precisa de porto, ou passagem,

Quem encolhe no coração por longa data,

Há quem é tsunami, que chega e maltrata.

Há quem acolhe:casa, comida e garagem,

Há quem julga e mete os pés pelas mãos,

Há cais, terra, porto seguro, porto solidão.

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 16/02/2016
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