GÁUDIO PUNGENTE
"Temos a arte para não morrer da verdade!"
(Friedrich Nietzsche)
GÁUDIO PUNGENTE
Apenas aqueles que já foram "vítimas"
Da grandiosidade do sentimento amor,
São capazes de ouvir o lamento, a dor,
A pungência cadenciada das rimas...
O gemido triste das palavras, o pavor!
Que adentra minhas noites vazias,
Salpicada de estrelas mortas, frias...
Tangenciando a saudade, meu clamor!
Ouço seus passos vagos, ela chegou!
Encolho-me no casulo escuro, absorta
Qual borboleta sem asas, meio morta!
Será que morta estou? O sino dobrou!?
Essa é a sina de todos que ousam amar,
Para além do próprio amor se encontrar!
(Edna Frigato)