Plenitudes

Fulgura o céu claríssimo e profundo

Na noite alta do meu pátrio sertão;

Parecendo estar sozinho no mundo,

Ausculto as batidas do coração.

Distantes, cães vão ladrando à lua...

Alguns silfos vagueiam, tão contentes...

Beijam árvores, folhosas ou nuas,

Melodiando o silêncio eloquente...

A lua, cheia e a mata prateada...

A paz no Universo, pois, consagrada

Em berçário de plenas quietudes,

Naturais evocações de meus pais...

Que, em emanações de amor, magistrais,

O espaço enchem com as suas plenitudes.

Sobral (CE), 04 de dezembro 2015.

Carlos Augusto Guimarães
Enviado por Carlos Augusto Guimarães em 14/02/2016
Reeditado em 24/05/2024
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