Plenitudes
Fulgura o céu claríssimo e profundo
Na noite alta do meu pátrio sertão;
Parecendo estar sozinho no mundo,
Ausculto as batidas do coração.
Distantes, cães vão ladrando à lua...
Alguns silfos vagueiam, tão contentes...
Beijam árvores, folhosas ou nuas,
Melodiando o silêncio eloquente...
A lua, cheia e a mata prateada...
A paz no Universo, pois, consagrada
Em berçário de plenas quietudes,
Naturais evocações de meus pais...
Que, em emanações de amor, magistrais,
O espaço enchem com as suas plenitudes.
Sobral (CE), 04 de dezembro 2015.