No ritmo dos sinos/Suave e Cadente (Dueto)

No ritmo dos sinos

Chagoso

O medo melindra o rito:

À fronteira do proibido,

Sob um tênue fio rompido,

maculado o sacro mito!

Êxtase no vil momento

À boca do inclemente:

Palavras entregues ao vento;

Prazeres soprados à mente!

A carne se entorpece:

Se em um se enrijece

No outro ela enfraquece.

É hora de "oras bolas".

O amor, à dor, embrutece.

É hora de ir-se embora!

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Suave e Cadente

Madalena de Jesus

No som do sino cadente

Envolvidos pelo sacro

o rosto era simulacro

de uma alma penitente

Sendo assim não se confirma

Em vias de fato a paixão

olhares em comunhão

Quais faróis o amor afirma

Sob o sino a adrenalina

Pois sabem ser devotados

O amor divino ilumina

Pelo rito melindrados

Paralelas suas sinas

Até quando enamorados?

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Grato pela belíssima interação, poetisa.