Algarobeira
Algarobeira estás velha e doente
Foi vencida aos poucos pelo cupim
Teu passado está bem ligado a mim
Em tua sombra, amparastes tanta gente
Inda lembro te plantando ao sol poente
Frente a casa como se fosse o jardim
Te regando, te podando, tudo enfim
Te cuidando como se tu fostes gente
Hoje a vejo sucumbir sentindo o corte
Do machado, sacramentando tua sorte
Transformando em lenha a tua história
Mas eu juro que enquanto eu viver
Não irei jamais te esquecer
Pois tu és parte da minha memória