Primeiro amor
Havia uma flor a beira do caminho, apanhou-a,
A estrada era só poeira, e na lateral uma cerca,
Lá adiante além da porteira o riacho, afundou-a,
Hidratou a flor, para que a beleza não se perca.
Fez concha com as mãos, àquela água ele bebia,
E o gado do outro lado se refrescava na aguada,
Dali, já avistava a escola e o coração forte batia,
O seu pensamento era fixo e viaja para a amada.
Nas costas mochila escolar, no bolso o canivete,
A alma atraída sonhava azul com aquela menina,
E na fazenda a voltas as aulas, e depois a capina.
Lá estava ela, branco e azul, desceu da charrete,
Cabelo de trança, efígie perfeita, primeiro amor,
De longe sorriram,olhos se beijam, entrega a flor.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/