Primeiro amor

Havia uma flor a beira do caminho, apanhou-a,

A estrada era só poeira, e na lateral uma cerca,

Lá adiante além da porteira o riacho, afundou-a,

Hidratou a flor, para que a beleza não se perca.

Fez concha com as mãos, àquela água ele bebia,

E o gado do outro lado se refrescava na aguada,

Dali, já avistava a escola e o coração forte batia,

O seu pensamento era fixo e viaja para a amada.

Nas costas mochila escolar, no bolso o canivete,

A alma atraída sonhava azul com aquela menina,

E na fazenda a voltas as aulas, e depois a capina.

Lá estava ela, branco e azul, desceu da charrete,

Cabelo de trança, efígie perfeita, primeiro amor,

De longe sorriram,olhos se beijam, entrega a flor.

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 13/02/2016
Código do texto: T5542711
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