DAS COISAS NÃO-VIVAS
São contornos poucos, e pouco visíveis,
Que vêm da obscuridade dos vultos,
São incomensuráveis atributos,
De traços negros e vozes inaudíveis.
Sombrias são as células e os níveis...
Fetais, e infantis, e jovens ou adultos,
São deveras insensíveis e astutos;
E são, em essência, incompreensíveis.
Têm natureza mórbida e cor fosca,
Nada translúcidos, nada viventes;
Nascem da mortandade de um culto.
Não aquele à Luz: aquele dos crentes;
Outro. Às trevas. Onde vermes e moscas...
São os vivos capazes de dar sustos.