IRONIA DO ACASO

Quando eu me lembro aquele dia, mudo

Ainda fico, calmo assim me faço

A meditar, embora meu cansaço

Dessa recordação – o meu escudo.

E caminhando lento, não disfarço;

Busco a felicidade, busco em tudo,

Buscando tê-la de volta, desnudo

Meu coração ao dela unido em laço.

Mas indiscreto assim quis o destino

Que ela partisse para o Pai Divino,

Ficando eu só, acaso da ironia...

Prendo-me resoluto a cada verso,

Tentando fugir do meu universo

Para esquecer do mundo aquele dia!

Roberto M Braga
Enviado por Roberto M Braga em 11/02/2016
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