ABADÁ

Se pelos vis enredos dos tempos

Os temas da vida fossem nos desfilar

Qual a fantasia seria o alento

Na passarela do samba a brilhar?

Na aquarela das cores tingidas

Das mil ilusórias convicções

Qual alegoria - a mais travestida!

Pelos confetes das vãs ilusões?

Dentre serpentinas desenroladas

Já desbotadas dentre sambas-canções

À apoteose de toda estrada...

Camisas suadas das tantas gerações

Sob abadás e gravatas listradas

Batuca o amor em bulhas de recordações.

Nota: porque sempre é Carnaval.