Templo da Saudade
José Paes
Entrai, amigo, entrai que vos convido
em meu templo secreto e diferente!
Todo crente é por mim bem recebido,
por mim bem recebido é o indiferente.
Vinde ver num altar enrubescido
restos do que adorei com fé ardente:
sonhos dos quais agora ando esquecido,
esperanças quebradas lentamente...
Apenas a saudade, musa triste,
é que adorada aqui ainda existe,
podendo vós notar como o contemplo....
Depois, dizei-me, alegre ou contrafeito,
se tende um altar, dentro do peito,
semelhante ao que existe no meu templo!...
Mais um soneto do meu finado pai!
José Paes
Entrai, amigo, entrai que vos convido
em meu templo secreto e diferente!
Todo crente é por mim bem recebido,
por mim bem recebido é o indiferente.
Vinde ver num altar enrubescido
restos do que adorei com fé ardente:
sonhos dos quais agora ando esquecido,
esperanças quebradas lentamente...
Apenas a saudade, musa triste,
é que adorada aqui ainda existe,
podendo vós notar como o contemplo....
Depois, dizei-me, alegre ou contrafeito,
se tende um altar, dentro do peito,
semelhante ao que existe no meu templo!...
Mais um soneto do meu finado pai!