NASCE O SAMBA
Lá no fundo a cuíca geme e chora
De triste não tem nada, é de prazer,
Pandeiro foi dizendo-lhe: “simbora!”
É só me acompanhar; você vai ver...
Mas logo o cavaquinho se incorpora:
- meu toque vai fazê-la estremecer.
O violão galante não demora;
Entoa para vê-la se render.
Nem o atabaque então perdeu a deixa
De se engraçar com ela nesta “moda”
E tocou num repique cadenciado.
Cabrocha remexendo sua madeixa...
Ouvindo o tamborim entrou na roda,
E o samba então nasceu maravilhado.