Degustação-fase negra-
Inspirado no soneto "Anticristos"
do mestre: Miguel Jacó
Degustação
Como se fora n'um altar, ajoelhado,
Leio os teus versos entre o Profano
E Sagrado que se perdem nos anos,
No agora, entre mares estou ilhado.
Socorra-me Óh Sol, agarrado à Lua!
Nas nuvens me perco nos algodões,
Visto-me de feno, neve, nos porões,
Antes de esfarelar, as estrelas nuas.
Sentindo, só fiel crueldade humana,
E se creio até em quem me engana,
Um suposto rei fui, já que sou findo.
Celebrando a minha morte sorrindo;
Numa imensa mesa saúdo e celebro,
Degustando, o meu próprio cérebro.
Tony Bahi@.