Desnuda
E a poesia me faz assim, desvestida de mim,
Peças soltas se juntam em um branco papel,
Minudências do corpo, alma e boca carmim,
Arranca sapatos, lingerie e por ultimo o véu.
Arrebata da minha essência qualquer roupa,
Bulina o meu intimo com tamanha vontade,
E ela me despe totalmente, nem me poupa.
Provoca os meus sentidos, minha veleidade.
A poesia me pinta lasciva, devassa em linha,
Divulga toda a minha excitação pelo avesso,
A minha volúpia grita e até me desconheço.
E a poesia suga a tara de ti que aqui aninha,
E externa as intimidades dos meus universos,
No ápice ejacula o gozo de grafite em versos.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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