Gatas de Carnaval*

Subi o Everest como águia bisonha

Dei de bico com Sansão e Dalila...

Dois gladiadores do amor risonho

Mas fadados ao cabeleireiro da vila

Logo me veio ao tino. Oh! Frigato!

Meu primeiro amor atado ao anzol

Tal formosura, uma tremenda gata

Numa noite obscura sumiu do atol

Nunca mais Frigato! Ah, Madalena...

Máscara-plástica, corpo duma hiena

Eis o sinistro! Foi-se com o Camacho

É dessa maneira, dessa forma, Afrodite!

Me diga por favor, algo que eu acredite

Teria eu, chances de amar um macho?

* Soneto em resposta à adorável poetisa Edna Frigato, pelo desafio sobre o tema: "O Amor"

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 03/02/2016
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