Gatas de Carnaval*
Subi o Everest como águia bisonha
Dei de bico com Sansão e Dalila...
Dois gladiadores do amor risonho
Mas fadados ao cabeleireiro da vila
Logo me veio ao tino. Oh! Frigato!
Meu primeiro amor atado ao anzol
Tal formosura, uma tremenda gata
Numa noite obscura sumiu do atol
Nunca mais Frigato! Ah, Madalena...
Máscara-plástica, corpo duma hiena
Eis o sinistro! Foi-se com o Camacho
É dessa maneira, dessa forma, Afrodite!
Me diga por favor, algo que eu acredite
Teria eu, chances de amar um macho?
* Soneto em resposta à adorável poetisa Edna Frigato, pelo desafio sobre o tema: "O Amor"